terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sobre pratos e pecados!

Jávier, o aprendiz, e Álih, seu guia, estão almoçando em silêncio. O jovem empurra o prato, se ajeita na cadeira, posta os braços sobre a mesa e fita o mestre: “Preciso confessar os meus pecados”, diz em tom angustiado. “Cada vez que olho em seus olhos sinto-me pior. A pureza de seu olhar me mostra o quanto estou distante da perfeição”. O velho dá uma olhada rápida na direção do rapaz, abaixa a cabeça e continua comendo em silêncio. “Tenho pensamentos impuros”, continua o moço, “e até troquei olhares com as meninas da vila onde compramos mantimento; já senti inveja do comerciante contando aquele monte de dinheiro em nossa frente, e já odiei cada dia da minha vida por alguns momentos”. O velho se levanta da mesa, segue para a pia, abre apenas um pouquinho da torneira e começa a lavar lentamente o seu prato sujo. Com a ponta dos dedos vai arrancando cada resto de comida. Jávier observa sem dizer nada. Mais água, mais mão, bucha, sabão, e um suspiro de: “Pronto!”. O jovem não precisa perguntar mais nada. Entendeu tudo: “A água são os ensinamentos sagrados, que com o tempo vão arrancando as impurezas de nós. E isso acontece quando permitimos que a mão do Mestre percorra toda a superfície de nossas vidas. Um dia certamente ouviremos: Pronto!”

Thiago Mendes

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sobre a força do arco e o destino da flecha!

O arqueiro pegou seu arco, algumas flechas, e foi até o campo onde sempre treinou. Lá o guerreiro posicionou-se de joelhos com o arco armado na direção do alvo. “Posso passar o resto da minha vida aqui com tudo pronto sem ver meu objetivo ser alcançado. Muitas vezes perdi a batalha e até já vi companheiros morrendo com o arco armado e perfeitamente apontado”, lamenta. Foi neste momento que o arqueiro pensou em quantos de nós estamos com tudo preparado, faltando apenas a iniciativa de lançar a flecha. São pessoas que se preocuparam muito em ajustar o alvo, mas não tiveram coragem de disparar, e isso por medo do fracasso e do consequente vexame. Entregar o coração a um novo relacionamento dizendo sim, aceitar o novo emprego, fazer uma viagem em família, perdoar alguém, livrar-se definitivamente de um erro antigo, voltar a estudar, estas coisas são flechas que a vida colocou em nossas mãos e pode ser que estejamos armados com tudo pronto, mas sem coragem para disparar. Neste momento o arqueiro lança e acerta o alvo. “Só existe uma maneira de saber se dará ou não certo: permitindo que meus instintos se unam à força do arco e ao destino da flecha”.

Thiago Mendes  

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sobre reconquistar os companheiros!

Ouve um dia em que no meio da batalha o Soldado da Paz sentiu-se só. Olhou para todas as direções e percebeu que seus companheiros estavam ocupados demais para se envolverem com a batalha. Alguns riam descompromissadamente, outros abanavam as mãos fazendo gestos sem sentido, outros preparavam-se para viajar. O guerreiro se irrita. Está cercado pelo inimigo, não tem para onde ir e nem a quem recorrer. “Esta batalha não é deles”, diz seu anjo que está de pé, ao seu lado. O Soldado da Paz questiona o protetor: “sempre levantaram suas espadas comigo em todas as batalhas, mas agora vivem como se estivesse tudo bem”. O anjo contesta: “Com eles está tudo bem. O problema é que você os envolveu no passado, fez de suas batalhas as batalhas deles, mas se esqueceu que um bom guerreiro conquista seus companheiros todos os dias”. O Soldado da Paz se cala por um instante. Seu anjo tem razão. “Se os tivesse conquistado novamente, todos estariam aqui ao seu lado, mas só se lembrou que eles existem depois de se ver em apuros. E o pior: quis culpá-los. Recue, reconquiste cada um e volte fortalecido ao campo”. Quando o Soldado da Paz ia agradecer, seu anjo não estava mais ali. Mas ficou a lição. Um aliado deve ser reconquistado todos os dias. Reconquistar é mais importante do que conquistar!

Thiago Mendes

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sobre amor, dúvida, e castelos de areia!

O amor e a dúvida não podem navegar à bordo do mesmo navio. Estão indo em direções contrárias, não se aceitam nem se suportam. O amor é convicto demais para duvidar de si mesmo. E a dúvida... Ela é incerta demais para acreditar no amor! Se amo, logo não duvido! Se duvido, logo não amo. É simples como amar, e ao mesmo tempo complexo como duvidar! Sendo assim, todas as vezes que nossa mente pergunta a si mesma: será que eu amo? O paradoxo se instala: quando o assunto é amor, a pergunta já é a própria resposta: não! Amor e dúvida não cabem dentro do mesmo coração, não viveriam juntos na mesma vida, não sonhariam juntos os mesmos sonhos e nem seriam capazes de construírem o mesmo castelo, este seria edificado com areia e ilusão. O Soldado da Paz sabe que aquele que ama está convicto demais para viver fazendo perguntas.

Thiago Mendes

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobre o tempo e o eterno!

Aqui estamos presos ao tempo, mas um dia estaremos livres no Eterno. Aqui somos vítimas das assim chamadas “injustiças do tempo”. Lá, seremos apenas nós e o Todo! Aqui sentimos medo, frio, fome, solidão, saudades, tristeza. Lá, viveremos e nos alimentaremos do amor. Aqui o tempo é tudo que temos. Lá, o eterno será tudo que poderemos. Aqui corremos para aproveitar cada segundo. Lá, os segundos serão eternidades inteiras. Aqui temos medo que o tempo passe sem que tenhamos feito nada. Lá, nada passará! Aqui nos preocupamos sempre com o dia seguinte. Lá, os dias seguintes simplesmente não existirão! O hoje será para sempre e eternamente. Aqui vamos dormir com vontade que o dia amanheça logo e amanhecemos pedindo uma noite de descanso. Lá, os dias de trabalho e as noites de descanso serão desnecessárias. Estaremos ocupados demais para pensar em trabalho ou em descanso. Mas o tempo é importante porque é aqui que definiremos como estaremos lá. O Soldado da Paz sabe que estamos aqui de passagem, e esta, acredite, é uma viagem rápida demais! Pense nisso!

Thiago Mendes

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sobre alimentar o interior!

O arqueiro vive um bom momento. Vem acertando praticamente todos os alvos e está de bem com o seu arco. Tem recebido constantes elogios de pessoas ilustres que lhe enchem de presentes e falam de sua importância em voz alta.Todo o povo reconhece o seu trabalho, diz alguém,e imaginar de onde você saiu, é sem dúvidas, um vencedor!. O arqueiro não diz nada. O silêncio neste momento parece ser a mais sábia de todas as expressões de um guerreiro. Não é apenas o fato de não se dar bem com os elogios. Sua alma está aflita. Ele sabe que não importa o quanto as coisas visíveis estejam boas; se o interior não vai bem, tudo está mal. O arqueiro entende que é o momento certo de trabalhar menos do lado de fora, e ampliar as construções dentro de sua alma. Ele fecha os olhos e fica em silêncio pra tentar ouvir a voz de seu coração:Não importa o quanto você está suprido do lado de fora se aqui dentro morro de fome. O arqueiro continua refletindo.Alimento-me, continua o coração,de amor sem espera de recompensa; de favores realizados, mas que ninguém vê; de esmolas secretas, de bondades gratuitas e que não necessitam de reconhecimento. O arqueiro sente-se aliviado, entendeu que favores públicos suprem necessidades físicas e produzem elogios. Mas quando agimos no secreto, estamos alimentando o nosso ser interior!

Thiago Mendes

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sobre como ouvir a voz de Deus!

Jávier, o aprendiz, acordou de manhã, fez suas preces e foi tomar o café. Álih, o guia, está à mesa.Não consigo ouvir a voz de Deus, resmunga o rapaz,por mais que me ajoelhe todas as manhãs e gaste tempo falando com Ele, jamais O ouvi. O velho mastiga calmamente o seu biscoito. Jávier prossegue em seu lamento:Depois de tentar todas as manhãs estabelecer uma comunicação com Deus e não ter resposta nenhuma, posso imaginar que, ou Ele não existe, ou talvez realmente não deseja falar comigo. Álih observa Jávier em silêncio. Mais um gole no café, mais uma mordida no biscoito. Mais murmúrio:Quando sai de minha casa para vir até aqui estudar o Caminho Sagrado, recomeçou o rapaz,imaginava que aprenderia estabelecer contato direto com Deus, mas até agora Ele se mantém em silêncio. O velho suspira e finalmente fala:O problema é que desde que você chegou aqui está tão ocupado falando com Deus que ainda não teve tempo para ouvi-lo. Deus é educado e não falará enquanto você não parar de falar. Você chegou à mesa, não me cumprimentou e falou o tempo todo e não me deu nenhuma chance de entrar na conversa. Deus é educado. Enquanto você estiver falando, Ele não falará. Amanhã de manhã quando se ajoelhar, fale 'bom dia, Senhor' e se cale. Com certeza irá ouvir a doce voz de Deus que de tão doce se confunde ao silêncio e de tão estridente se mistura aos trovões.

Thiago Mendes

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sobre renovar as armaduras!

O Soldado da Paz resolveu renovar a sua armadura. Seus golpes ultimamente parecem estar mais pesados e acabou ferido em combate. “Às vezes somos feridos não porque o treinamento está ineficaz ou por imprudência”, pensa consigo. “Muitas vezes é apenas nossa armadura pedindo renovo”. Neste dia tudo o que ele faz é afiar sua espada já cega e se lembrar de cada vitória que ela lhe ajudou a conquistar. Cada falha em seu corte tem uma história, um porquê. Depois chega a hora de polir o seu escudo já cheio de marcas. Cada uma daquelas marcas foi uma vez em que sua vida esteve por um fio e... Ainda bem que o seu escudo estava lá e o guardou de ataques, algumas vezes, mortais. O Soldado da Paz fecha os olhos e sente que não só a sua espada e o seu escudo estão se renovando – sua fé também. Olhando naquelas marcas ele pôde, de alguma maneira, voltar a cada campo de batalha onde esteve e descobrir que se ele está firme até hoje, é porque a sua missão ainda não acabou. O Soldado da Paz segura novamente a sua espada, pega o escudo e se sente novamente pronto. Só neste momento ele entende que não eram apenas espada e escudo que precisaram de renovo, o guerreiro também.

Thiago Mendes

Sobre a mulher e o destino!

A Mulher de Fé acredita na força de seu destino. E para ela, destino é apenas o caminho construído quando unimos razão, coração e decisão. Não é algo que vem pronto, estabelecido, e sim, o que construímos com cada decisão tomada, com cada sim e não, com cada amizade que se constrói e com cada mudança a que nos propomos. Sim! Para a Mulher de Fé o destino existe e ele está em nossas mãos. Nós o guiamos e ditamos as regras. Ela, é verdade, por muitas vezes já chegou a pensar que havia nascido para sofrer. As constantes decepções fizeram com que pensasse desta forma, mas sempre quando tudo volta ao normal, ela consegue enxergar que estava errada: nós nascemos para crescer; e isto em alguns momentos significa sofrer! A Mulher de Fé aprendeu que sofrimento é apenas mais um ingrediente deste bolo delicioso chamado vida. E é através deste sentimento que muitas vezes nos despertamos para coisas mais importantes, nos tornamos pessoas mais sensíveis e compreensivas. Não foi o destino que programou o sofrimento, mas por alguma circunstância, a vida achou necessária que ele viesse. E quando ele vem, o enfrentamos com coragem e esperança. A Mulher de Fé já enfrentou lutas semelhantes em outros momentos e se ela passou por tudo aquilo, também será capaz de passar por tudo isto. É! Ela seguirá o seu destino...

Thiago Mendes

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sobre a voz do amor!

O arqueiro demorou um pouco para aprender a língua de seu arco. No início, a comunicação entre eles era praticamente impossível. Havia mal entendimento, não conseguiam saber direito o que o outro estava pensando e o final era sempre a fecha longe do alvo. Aí decidiram não atirar até que tivessem um entendimento claro um do outro. Os exercícios foram iniciados: falavam sempre mais lento, não desistiam de estabelecer a comunicação até que se sentiam completamente bem compreendidos, e aprenderam que não adianta falar por falar: é necessário transmitir uma mensagem! Depois de terem desenvolvido bem a linguagem de palavras, ambos, arco e arqueiro, decidiram que era hora de elevarem o nível – aprenderiam a linguagem do coração. A partir daí, aprenderam a linguagem do silêncio, do amor e da fé. Foi aí que começaram a atirar sempre na mesma direção e por mais que as vezes ainda errassem o alvo, compreendiam o porque de terem errado e tentavam se acertar. O Soldado da Paz sabe que enquanto não somos capazes de entender a linguagem falada ou sentida das pessoas que estão ao nosso lado, não seremos capazes de nos sentir realizados ao lado delas e nem de realizá-las ao nosso lado. E tudo isso só é possível quando nos dispomos a aprender a ouvir a voz do amor!

Thiago Mendes

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sobre a vida de alpinista!

Ser alpinista deve ser muito bom. Na verdade alpinismo deve ser um um dos esportes mais emocionantes que existe. A escalada lenta, milimétrica, calculada e perigosa; a emoção de ver um mundo inteiro ficando lá embaixo, a sensação de saber que a vida está literalmente por um fio, a subida a qualquer custo e a qualquer preço, e finalmente o objetivo alcançado e lá de cima a vista que é capaz de pagar cada centavo de esforço praticado. O problema é que há também outro tipo de alpinista: os existenciais. Aqueles que pra “subir na vida” são capazes de pisar em qualquer um sem o constrangimento de saber que seu sucesso depende do fracasso de outro. Para este tipo de alpinista, geralmente a paisagem final não é tão bela nem tão inspiradora quanto a daquele que sobe montanhas e fere o próprio corpo para alcançar seu objetivo. Na verdade, o alpinista existencial quer chegar ao topo com as feridas dos outros. Chegar lá no alto é bom. O problema é que na vida nem todas as estradas que levam ao topo são capazes de nos manter lá em cima!

Thiago Mendes

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sobre a viagem de volta!

Alíh, o guia, se prepara para começar mais uma aula. Jávier, seu aprendiz, está ansioso, tem aprendido coisas importantes nos últimos dias. “Vamos falar hoje sobre as coisas que devem ser descartadas de nossas vidas”, começa o velho. Jávier se ajeita no banco e fita o guia que volta a falar. “Uma das maiores dificuldades que temos”, continua, “é a de jogar fora aquilo que já não produz nenhum bem e que são preservadas apenas porque já foram importantes em nosso passado”. Álih dá uma pausa e prossegue: “Quando somos capazes de nos desprender de coisas que nos prejudicam agora, embora tenham sido importantes no passado – e isto inclui sentimentos, pessoas e coisas – estamos dando um passo importante em direção a conquistas maiores. Quem está preso ao passado jamais conseguirá experimentar os melhores momentos do presente, nem muito menos, prosseguirá feliz para o futuro”. Jávier começa a pensar em tantas coisas que ainda o conduz ao seu passado: pessoas que precisa perdoar, sentimentos que insiste em carregar consigo e situações que ainda é obrigado a reviver todos os dias. “Quero me livrar de tudo que me prende”, diz o jovem. O velho caminha em sua direção: “É impossível desenterrar um tesouro sem que você volte ao local onde o enterrou”. O jovem fecha os olhos e respira fundo; ele sabe que tem uma viagem longa pela frente e não faz ideia de quantos mortos encontrará pelo caminho.

Thiago Mendes

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sobre a prece e o dia seguinte!

A Mulher de Fé as vezes se sente insegura e incerta quanto ao amanhã. Quando isto acontece, ela faz uma prece: “Sei que não estou sozinha, mas é desta forma que me sinto neste momento. Sei que não sou a mais frágil de todas as mulheres, mas sinto que minha alma hoje está como uma taça de cristal. Tenho medo da noite que vem, e pior ainda, do dia que surgirá depois dela pois sei que serei obrigada a vivê-lo. Preciso de força e fé para continuar minha jornada e não sei onde encontrar, amem!”. Neste momento a Mulher de Fé sente seu coração se encher de uma força desconhecida. Volta o brilho nos olhos, o sorriso na face e a paz no coração. É aí que ela se levanta e se arruma rápido, a tempo de dançar uma música ainda esta noite. Depois irá dormir tranquila na expectativa do dia que nascerá amanhã e ela terá o privilégio de vivê-lo! Com a Mulher de Fé é assim, e com você?

Thiago Mendes 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sobre coisas que a vida deseja nos ensinar!

Com os anos vamos aprendendo que o desespero não nos ajuda em nada. Hoje em dia já consigo controlar-me um pouco mais nos momentos de dificuldade e não tenho permitido que a ira me domine quando as coisas não acontecem da maneira que eu havia planejado. Aprendi que a mesma ventania que leva coisas importantes, é também aquela que traz outras, que eu nem mesmo conhecia. Aprendi que, depois de receber uma má notícia, o mais sábio a fazer é parar um pouco, respirar fundo e só depois dizer a primeira palavra. Não quero ferir as pessoas que mais me amam nesta vida. Quando algo ruim acontece, e sempre acontece, o melhor é não tomar nenhuma decisão imediata. Antes de dizer qualquer sim ou qualquer não, é preciso fazer a pergunta: o que a vida deseja me ensinar com tudo isso?

Thiago Mendes

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sobre caráter e reputação!

Reputação é aquilo que construímos para cima. Caráter é o que edificamos para baixo. A reputação é pública, o caráter anônimo. A reputação atrai admiradores, o caráter atrai amigos. A reputação gera euforia; o caráter gera confiança. Não se pode conhecer uma pessoa apenas pela reputação que ela construiu e sim pelo caráter que constrói a cada dia. Quando a reputação é construída juntamente com o caráter, e isto ao longo do tempo, ela é permanente e sadia. Ter reputação é bom, mas desde que seus alicerces sejam firmes e edificados com honestidade, retidão e verdade! Reputação de gente mal ou sem caráter, dura apenas até que a verdade chegue. E ela sempre virá!

Thiago Mendes

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobre a carência e a valentia!

O Soldado da Paz e seus homens estão esperando o dia amanhecer a fim de continuarem seu caminho.Cada um de nós vive entre a carência e a valentia, diz o líder.O ideal é que não sejamos dominados nem por um e nem por outro. Os homens se aproximam um pouco mais. O Soldado da Paz continua:Quando estamos mais carentes, escondemos a valentia; mas quando estamos valentes, escondemos a carência. Estas duas realidades humanas existem no mesmo corpo, dividem espaço dentro das mesmas personalidades humanas e percorrem as estradas da mesma alma, mas não são capazes de conviverem em paz. Sim! A carência é dependente demais para admitir a valentia; enquanto isso a valentia é orgulhosa demais para admitir qualquer estado de carência. Os homens olham para o infinito e o Sol está nascendo longe, lindo e imponente.Mas talvez até o Sol por viver tão solitário tenha tido os seus momentos de carência, que isso jamais fez com que ele parecesse menos forte e valente!, pensa alguém enquanto gritam com seus cavalos e partem para enfrentar mais um dia, mais uma vida.

Thiago Mendes

Sobre ser capaz de abrir mão de minhas razões!

O arco e o arqueiro já discordaram um do outro e entraram em atrito. Quando isso aconteceu, a missão foi prejudicada. A verdade é que ambos estavam certos, mas ao mesmo tempo os dois erraram em não serem capazes de abrir mão de suas razões. Erraram o alvo porque estavam vendo a mesma coisa por ângulos completamente diferentes. O problema é que só foram capazes de enxergarem isso, depois da flecha lançada. Neste dia, se abraçaram e reviram sua maneira de conviver. Tanto o arco como o arqueiro aprenderam que o mais importante não é manter intactas as razões individuais. É preciso ser capaz de reconhecer que a ótica do outro é importante, e talvez seja até melhor. Depois disso erraram menos e foram capazes de compreenderem melhor as diferenças que os uni!

Thiago Mendes

Recomeço!

Nunca é o fim. A vida que resta, sempre absorve os destroços e dá um jeito de prosseguir. Você já passou por muita coisa e, em todas elas, s...