O Soldado da Paz e seus homens estão esperando o dia amanhecer a fim de continuarem seu caminho. “Cada um de nós vive entre a carência e a valentia”, diz o líder. “O ideal é que não sejamos dominados nem por um e nem por outro”. Os homens se aproximam um pouco mais. O Soldado da Paz continua: “Quando estamos mais carentes, escondemos a valentia; mas quando estamos valentes, escondemos a carência. Estas duas realidades humanas existem no mesmo corpo, dividem espaço dentro das mesmas personalidades humanas e percorrem as estradas da mesma alma, mas não são capazes de conviverem em paz. Sim! A carência é dependente demais para admitir a valentia; enquanto isso a valentia é orgulhosa demais para admitir qualquer estado de carência”. Os homens olham para o infinito e o Sol está nascendo longe, lindo e imponente. “Mas talvez até o Sol por viver tão solitário já tenha tido os seus momentos de carência, só que isso jamais fez com que ele parecesse menos forte e valente!”, pensa alguém enquanto gritam com seus cavalos e partem para enfrentar mais um dia, mais uma vida.
Thiago Mendes
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