sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sobre a culpa e o grito da alma!


O Soldado da Paz acorda assustado no meio da noite. Um grito! O guerreiro se levanta, abre a tenda e olha lá fora. Tudo quieto. As sentinelas estão calmamente posicionadas e não acusam absolutamente nada. O Soldado da Paz volta à tenda, deita-se e percebe que o barulho está ali, não do lado de fora, mas de dentro. Talvez seja o gemido das injustiças que já cometeu, ou o barulho do choro que já causou nas pessoas; quem sabe o lamento daqueles que deixou de socorrer quando podia?! O Soldado da Paz tapa os ouvidos, mas o barulho aumenta. A culpa não é um inimigo fácil de ser vencido. Ele sabe que o único remédio é perdoar a si mesmo. O Soldado da Paz se ajoelha ao lado da cama e pede aos Céus que o ajude nesta batalha tão árdua. A imagem cansada de cada pessoa que feriu no passado vem ao seu presente e ele parece ouvir de cada uma delas a frase: Eu te perdoo; até que por fim, aparece a sua própria imagem dizendo: Eu também te perdoo. O Soldado da Paz deixa as lágrimas rolarem e poupo a pouco vai passando a ouvir apenas o barulho do vento leve que assovia lá fora afinado com a harmonia da noite. O Soldado da Paz acaba de vencer um inimigo que o perseguia há anos. Não importa o quanto demore, sempre chegará a nossa hora.

Thiago Mendes

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sobre saudades de coisas que sempre odiei!


O arqueiro está triste hoje. Há muito tempo aprendeu que se quisermos acertar o alvo, precisamos olhar para frente. Mas as vezes é impossível resistir aos constantes assovios do passado que nos convida a passear por estradas que sempre odiamos, e que hoje fazem tanta falta: os brinquedos das crianças espalhados pela casa que eram catados várias vezes ao dia irritando a qualquer santo; a voz do “outro” que circulava por ali em tom alto que irritante, mas que agora faz tanta falta; as visitas inconvenientes que apareciam sempre em momentos errados, mas que agora já não aparecem em momento nenhum; os problemas corriqueiros que angustiavam e davam tanto e todo sentido à vida. Sim! O que seria dela sem eles? O arqueiro tenta se concentrar olhando fixo para frente, mas o coração está vazio e frágil. Seu anjo surge inesperadamente. “Porque está olhando para trás? Você sempre abominou a maioria das coisas que estão lá!” O arqueiro fita o anjo. “Mas hoje aprendi que cada uma delas, mesmo que irritantes naquele momento, me fazem muita falta agora”. O anjo devolve o olhar. “Cuidado para que, olhando para trás não perca as que te deixa irritado agora. Elas também farão falta em seu futuro”.

Thiago Mendes

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sobre buscar a luz!


Álih, o guia, está assentado à sombra de uma árvore meditando. Jávier, seu aprendiz, se aproxima e passa a observá-lo. O semblante sereno, os olhos que, mesmo fechados parecem transmitir paz, a face já enrugada, os cabelos embranquecidos de sabedoria e o ambiente de pureza que o permeia parecem atrair o jovem para mais perto. “Senhor”, resmunga interrompendo a meditação do guia. “O que o você faz para manter-se tão cheio de luz?” O velho não abre os olhos, nem muda o ritmo de sua respiração ou troca a posição do corpo. “É simples”, diz. “Gasto mais tempo buscando a luz do que fugindo das trevas”. Jávier tem o tom calmo e moderado que o ambiente exige. “Eu também tenho tentado fazer o mesmo, só que cada vez sinto-me mais atraído pelos meus antigos hábitos, dominado por pensamentos perversos e distante da luz”. O velho continua concentrado. “Você tem feito exatamente o contrário. Ao invés de buscar a luz, você tem fugido das trevas. Busque a luz e as trevas fugirão de você”. Jávier entende o recado. Se ajoelha ao lado do guia e começa a meditação. A partir de hoje de uma maneira completamente diferente.

Thiago Mendes

Sobre algo que eu precisava muito te dizer!


Eu precisava muito te dizer que a vida passa rápido demais, portanto não deixe para vivê-la em um dia que não sabe se realmente irá chegar. Claro, evite os exageros, veja se realmente vale a pena e, não faça aquilo que irá fazer mal a você e aos outros. Seja telhado, não pedra. Eu precisava muito te dizer que devemos aprender a dar valor em pessoas, e isso, não por aquilo que elas valem ou acrescentam, mas por aquilo que são. E você sabe: algumas pessoas são complicadas e quase impossíveis de se conviver com elas, mas estas também precisam do nosso amor. Certamente aos mais agradáveis não faltam companheiros. Sim, procure ser amigo também daqueles que ninguém quer por perto. Eu precisava muito te dizer que não se deve beber água em rio que não dá peixe; portanto, não confie plenamente em pessoas que não olham nos olhos. Lembre-se: até as mais belas rosas precisam ser colhidas com cautela. Não, não se deixe iludir apenas pela beleza. Há muito veneno em pratos de porcelana por aí. No mais, eu gostaria de te dizer que, apensar de nossas estradas serem diferentes, estamos seguindo a mesma viagem. Então, conte comigo. Se estiver cansado, dê-me a sua bagagem, levarei para você até que suas forças se renovem e, assim, seguiremos juntos neste mesmo caminho até o fim.

Thiago Mendes

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sobre o diabo virtual!


Dizem que no final dos anos 90 o Diabo decidiu matricular-se em um curso de computação. Estava ficando desatualizado, não conseguia mais acompanhar os assuntos e começou a sentir-se inútil. Logo no primeiro dia de aula, estudando digitação, começou a dar problemas. Com seus dedos duros e unhas compridas reclamava da ordem do teclado.Quem inventou isso?, protestava,não deveria estar em ordem alfabética?Mas foi que o novo aluno percebeu algo: por mais barulho que fizesse na cadeira, por mais coisas que derrubasse no chão ou reclamações que realizava, ninguém lhe dava atenção. Claro, no início, isso o irritou, mas logo teve uma ideia: cortaria as unhas, exercitaria os dedos, estudaria tudo que pudesse e enquanto voltava para as profundezas depois da aula gritava entre gargalhadas.Prenderei a atenção de todas as pessoas para que não sejam mais capazes de perceber qualquer coisa que esteja acontecendo ao seu redor. Depois que terminou seu cursinho básico, o Diabo mergulhou de cabeça e por pouco não deixou de lado suas outras obrigações. Gastava horas programando, mergulhou nas redes sociais, postou vídeos, criou vírus, jogos, até que foi advertido por seus comparsas.Mestre, temos que agir. O senhor tem ficado dias e dias na frente desse troço. Veja, as pessoas estão brigando menos, a violência diminuiu porque as pessoas saem menos de casa, o mundo está ficando em paz. O Diabo responde sem tirar os olhos da tela.E é justamente isso que quero delas. Que briguem menos, porque se relacionam menos com a realidade. Que saiam menos de casa porque acham que por aqui estão conhecendo coisas novas, quando conhecem o que lhes mostro. Esta é uma paz enganosa. Sei muito bem o que estou fazendo. Agora saia, estou falando com um amigo no Facebook. O comparsa resolve olhar na tela pra descobrir o que de tão bom ali.Mas este da foto não é o senhor, diz.Cale a sua boca, é fake.

Thiago Mendes

Sobre como ser cheio de Deus!


Está frio hoje. O Sol ainda nem nasceu entre as montanhas e Jávier, o aprendiz, está sentado à mesa da cozinha e já repetira a mesma frase em tom baixo e respeitoso por dezenas de vezes: “Eu quero ser cheio de Deus!”. Álih, o guia, o ouve enquanto prepara o chá. “Eu quero ser cheio de Deus”, o rapaz continua resmungando sem parar. O guia suspira fundo. “O chá está pronto, mas não posso servi-lo. Ontem você não cumpriu sua tarefa de lavar as louças. Algumas estão sujas e outras cheias”. O rapaz pede desculpas, se levanta, vai rápido à pia e lava todas as xícaras. Os dois sentam-se de frente um para o outro na mesa. O velho fita o rapaz enquanto serve: “O chá está pronto, mas nem sempre nossas xícaras estão preparadas para recebê-lo. Não adianta querer ser cheio de Deus se seu interior não está preparado para abrigá-lo. Lave seu coração todos os dias, esvazie-se, deixe as louças do seu interior sempre preparadas e, no momento certo será cheio”. Jávier sente o cheiro da fumaça que sai do chá e dá o primeiro gole entre resmungos: “Senhor, limpa-me para que eu possa recebê-lo em meu coração”.

Thiago Mendes

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sobre a espada e o caráter!


Todo Soldado da Paz já foi ferido em combate e quando isto aconteceu, fez de seus ferimentos uma importante lição. Todo Soldado da Paz já gastou mais tempo que deveria lambendo feridas e lamentando derrotas e, desta vez, aprendeu que lamentação sem disciplina não pode nos fazer mais fortes. Todo Soldado da Paz já esperou que o vento trouxesse a sua sorte, mas depois de esperar durante um bom tempo, descobriu que a sorte prefere aqueles que são capazes de construí-la. Todo Soldado da Paz já relaxou em momentos que exigiam tensão e foi obrigado a pagar um preço alto por este erro; mas claro, há momentos de descanso e desprezá-los e é um erro tão grave quanto descansar em momentos errados. Mas enquanto vai errando e acertando, o Soldado da Paz segue o seu caminho. Sabe que em cada erro tem a oportunidade de deixar a sua espada mais afiada e seu caráter mais próximo do que almeja. Um dia ele chegará lá.

Thiago Mendes

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sobre a caixa do esquecimento!

Hoje a Mulher de Fé acordou com vontade de mexer no baú de suas pelúcias. Subiu ao alto do guarda-roupas, tirou a caixa coberta de poeira, sentou-se à cama e decidiu fazer aquela viagem de volta ao seu passado. Lá está o urso Ted, que agora além de coberto de poeira perdeu um dos olhos e está rasgado. Ted já foi seu melhor conselheiro e amigo. Quando ela levava uma bronca, ou descobria que o garoto de quem gostava estava com outra, ou ainda quando alguém a chamava na escola por aquele apelido que até hoje lhe dá arrepios, o Ted sempre estava por ali. Nunca descordou, nunca apoiou, nunca murmurou de seus óbvios exageros e nem de ser completamente encharcado por suas lágrimas. Mas um dia o velho Ted tornou-se inútil e acabou na caixa do esquecimento. A Mulher de Fé respira fundo. “Quantas pessoas importantes em meu passado já coloquei na caixa do esquecimento? Gente que me deu a mão, que chorou comigo, que me apoiou nos momentos em que mais precisei, mas que, por motivos quem nem me lembro mais, se tornaram inúteis e foram abandonadas?!”. Sim, o Ted não está sozinho na caixa do esquecimento. A Mulher de Fé pega uma agulha e começa a costurar seu velho amigo. Mas será capaz de fazer o mesmo com todos que estão feridos ali dentro? Ela espera que sim!

Thiago Mendes

domingo, 12 de agosto de 2012

Sobre a aljava e o coração!


O arqueiro está posicionado diante de seu alvo de treinamento. Mantém a concentração, a postura e a mira fixamente no ponto à sua frente e dispara a sua última flecha. “A aljava está vazia”, lamenta baixo. Seu anjo aparece do seu lado. “Sim, a aljava está vazia. Só agora está preparado para aprender uma nova estratégia de combate”, diz o ser iluminado. O arqueiro mantém a concentração. O anjo prossegue: “Enquanto não esvaziamos as nossas aljavas não somos capazes de enxergar outras possibilidades. Pense em sua aljava como sendo o seu coração: enquanto ele estiver cheio de orgulho, jamais aprenderá algo novo”. O arqueiro se vira da direção de seu anjo que não pode mais ser visto. “Ele tem razão”, diz para si, “passei a vida inteira com a aljava cheia e com isso deixei de aprender muitas coisas”. O arqueiro sabe que chegou a hora de parar um pouco e descobrir se além da aljava que já está vazia, há algo em seu coração que o impede de crescer.

Thiago Mendes

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sobre as nossas benditas futilidades!


O Soldado da Paz e seus homens estão ao pé de uma montanha que é cercada de várias outras montanhas ainda maiores e eles precisam atravessar para o outro lado, estão sendo perseguidos e se forem encurralados ali será o fim. Um de seus companheiros mais fiéis se aproxima. “Senhor, estou triste com todos aqui. Veja como seus homens ficam sorrindo e se divertindo enquanto precisamos encontrar uma brecha entre os montes para atravessar. Estão muito apegados à futilidades”. O Soldado da Paz passa a observar os companheiros descontraídos. Alguns cochilam à sombra da montanha, outros contam histórias e dão gargalhadas e parece que realmente ninguém ali entende a seriedade do momento. “Você tem razão, todos aqui estão apegados à futilidades. Alguns dormem, outros sorriem e outros ainda, ao invés de procurar uma saída se acham no direito de observar o comportamento alheio”. Neste momento dois dos saldados mais jovens que brincavam para ver quem escalava mais alto dão um grito. “Senhor, aqui! Encontramos uma saída!”. O Soldado da Paz levanta a voz e todos se posicionam e passam pela brecha apertada. Aprenderam algo importante: há coisas na vida que só somos capazes encontrar quando não as procuramos. Mais uma vez foram salvos pelas benditas futilidades.

Thiago Mendes

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sobre os senhores da vida!


Nós não somos os donos da nossa vida. Não somos capazes de governar nem mesmo nossos sentimentos. Dizemos que amamos, mas na grande maioria das vezes, somos incapazes de enxergar para além dos defeitos de quem dizemos amar. Sim! Amar é enxergar para além dos defeitos. Não somos, na grande maioria das vezes, capazes de dominar nossos instintos e nem de dizer não às vontades que gritantemente tentam ensurdecer nosso lado espiritual. É, nós temos um lado bom e o Soldado da Paz sabe que o grande desafio é trazê-lo para fora. Os verdadeiros senhores da vida não são aqueles que governam nações, mas os que, de todo coração, aprendem a governar a quase ingovernabilidade de seu interior. Os nossos inimigos mais perigosos não estão do outro lado do vale nem em cima da montanha nos observando, mas aqui dentro de nós, lutando constantemente para governar nossa decisões. Precisamos aprender que em alguns momentos a única sabedoria que nos ajuda é aquela que sabe dizer não.

Thiago Mendes

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sobre pássaros e pensamentos!


Jávier, o aprendiz, já está ajoelhado há mais de uma hora em um canto da cabana e geme misteriosamente. Álih, o guia, acha estranho. “Tenho te achado esquisito ultimamente, alterou muito seu comportamento. O que está havendo?”. Jávier o fita com olhar desapontado. “Estou tentando prender meus pensamentos, mas quanto mais tento controlá-los, mais eles parecem me controlar”. O velho sorri. “Tente prender mil pássaros em um dia e, se puder, será capaz de prender também seus pensamentos”. Jávier não compreende. “Então devo entregar-me a eles sem qualquer pudor ou limites?” O velho se aproxima um pouco mais, respira fundo e volta a falar: “Vá prendendo um de cada vez. Comece pelos mais mansos e fáceis, depois passe para outros mais difíceis, até que conseguirá prender os que voam mais alto. Lembre-se: pássaros são como pensamentos, você pode até prendê-los, mas se algum dia vacilar e deixar a gaiola aberta, serão capazes de voar nas mesmas alturas que sempre voaram. Mais difícil que prender pássaros e pensamentos, é mantê-los sob domínio”. O jovem se alegra. Continuará prendendo seus pássaros, mas agora sabe que tem a missão de prender, apenas um de cada vez.

Thiago Mendes

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sobre decisões drásticas!


Todo Soldado da Paz já sentiu-se incapaz de amar alguém. E foi nesta época que descobriu que o amor não escolhe faces. Todo Soldado da Paz já sentiu-se imerecedor de ser amado. Foi quando aprendeu que o amor é um sentimento gratuito e, portanto, merecido por todos. Todo Soldado da Paz já fez escolhas egoístas. Foi quando percebeu que estava plantando as sementes da própria ruína e acabou mudando rapidamente sua posição. Todo Soldado da Paz já teve medo de encarar suas verdades. Foi quando descobriu que esconder a verdade é a maior de todas as mentiras. Todo Soldado da Paz já sentiu-se fraco e incapaz. Desta vez aprendeu que fraqueza é apenas uma de nossas partes que ainda não nos pertence. Todo Soldado da Paz já fez desabafos para si que não resultaram em nenhuma atitude. Frases como: “Vou mudar completamente a minha maneira de agir com as pessoas”, ou “A partir de agora não aceito mais ser explorado por ninguém” e ainda, “Melhor manter certa distância, as pessoas parecem ter perdido o respeito”, mas nenhuma destas frases emocionais trouxeram mudanças. Era apenas a sua amargurada comento o pão dos miseráveis. Ele tem aprendido que mudanças, por mais simples que sejam, só acontecem quando tomamos decisões drásticas e firmes.

Thiago Mendes

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sobre coisas ruins às pessoas boas!


Outro dia eu disse a um jovem que desejava a ele um dia abençoado por Deus. Fiquei surpreso com a sua resposta. “Não gosto mais de Deus”, disse, “não me importo mais com Ele”. “Não importa”, respondo, “Ele continua te amando da mesma maneira”. O jovem se irrita. “Se me ama, porque abandona os teus filhos, não responde suas preces e os deixa jogados pelo mundo?” Sou obrigado a respirar por alguns segundos. Passo a mão no rosto, penso em cada episódio que consigo me lembrar em minha própria vida onde eu me senti abandonado e onde eu mesmo, que ensino o Caminho Sagrado desde muito novo, cheguei a imaginar que Deus não se importa conosco. “Deus sabe o que é melhor”, argumento, “quando não responde nossas orações é porque deseja ensinar-nos que alguns passos, somos capazes de dar sozinhos. E aí ensina-nos a perseverar e que em alguns momentos precisamos saber que se Deus não está dando agora é porque esta benção poderia ser, neste momento, uma maldição. Se Ele nos jogou neste mundo foi para que façamos dele um lugar melhor”. O rapaz não diz mais nada. Espero que tenha aprendido a lição: Deus tem os seus caminhos e nem sempre estamos preparados para compreendê-los ou explicá-los.

Thiago Mendes

Recomeço!

Nunca é o fim. A vida que resta, sempre absorve os destroços e dá um jeito de prosseguir. Você já passou por muita coisa e, em todas elas, s...