sexta-feira, 31 de julho de 2009

O elefante e a corda


Eis o procedimento adotado pelos treinadores de circo, para que os elefantes jamais se rebelem - e eu desconfio que isso também se passa com muita gente.
Ainda criança, o filhote é amarrado, com uma corda muito grossa, a uma estaca firmemente cravada no chão. Ele tenta soltar-se várias vezes, mas não tem forças suficientes para tal.
Depois de um ano, a estaca e a corda ainda são suficientes para manter o pequeno elefante preso; ele continua tentando soltar-se, sem conseguir. A esta altura, o animal passa a entender que a corda sempre será mais forte que ele, e desiste de suas iniciativas.
Quando chega a idade adulta, o elefante ainda se lembra que, por muito tempo, gastou energia à toa, tentando sair do seu cativeiro. A esta altura, o treinador pode amarrá-lo com um pequeno fio, num cabo de vassoura, que ele não tentará mais a liberdade.
Se já perdeu um dia, é hora de tentar novamente!
Thiago Mendes

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Palavras de um velho que já viveu tudo. Escute o que ele tem a dizer


Me casei com a única mulher que já amei. E a beijei. Sim, a beijei muito.
Fui aos lugares que gostaria de ter ido.
Contei e ouvi as histórias que gostaria de ter contado e ouvido.
Sentei com meus filhos e netos na porta de casa e contei minhas aventuras da mocidade, a maioria mentia - contando coisas que aconteceram com os outros como se fosse comigo, era mais emocionante pra mim e para eles.
Fiz café, plantei um pé de manga, bebi o café e chupei as mangas do pé.
Caminhei por estradas longas, me arrependi de alguns caminhos que tomei, e acabei voltando por eles; em alguns continuei até o fim para ver onde iam e descobri que teria sido mais feliz se houvesse voltando o quanto antes.
Agora, nos últimos dias de minha vida, procuro crianças para contar o que a vida me ensinou, mais as ruas estão vazias. Não vejo meninos soltando papagaios nem meninas embaixo de jabuticabeiras brincando de cozinhadinho. Não ouço o barulho de meninotes pulando cercas em direção aos campinhos de futebol e nem ouço mais o choro manhoso das bonecas de meninas. As crianças estão caladas e se parecem robôs, acho que estou mesmo velho, caduco, ou o mundo mudou.

Gostaria de ver as crianças correndo novamente antes de morrer.

É triste, mais é assim que é,



Thiago Mendes

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Leia e medite


Dois rabinos tentam de todas as maneiras levar o conforto espiritual aos judeus na Alemanha nazista. Durante dois anos, embora mortos de medo, enganam seus perseguidores, e realizam ofícios religiosos em várias comunidades.
Finalmente são presos.
Um dos rabinos, apavorado com o que pode acontecer dali por diante, não pára de rezar. O outro, ao contrário, passa o dia inteiro dormindo.
“Por que você está agindo assim?”, pergunta o rabino assustado.
“Para salvar minhas forças. Sei que vou precisar delas daqui por diante”, diz o outro.
“Mas você não está com medo? Não sabe o que pode nos acontecer?”
“Eu tive medo até o momento da prisão. Agora que estou preso, de que adianta temer o que já aconteceu? O tempo do medo acabou; agora começa o tempo da esperança”.

sábado, 25 de julho de 2009

O que é o amor?


Amar é amar. É sorrir para quem se ama, pegar sua mão e sair para quebrar folhas e colher flores. Amar é aceitar tomar um chocolate quente com o outro pagando sem se irritar e tomar tudo deixando bigode sem consciência pesada. Amar é isso, no mais ame sem tentar descobrir o que é amar.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dois anos de FÉ, ESPERANÇA E AMOR




"A melhor maneira de enfraquecer seu inimigo, é leva-lo a acreditar que não possui fraquezas".


Thiago Mendes

Tempo de esperança


Dois rabinos tentam de todas as maneiras levar o conforto espiritual aos judeus na Alemanha nazista. Durante dois anos, embora mortos de medo, enganam seus perseguidores, e realizam ofícios religiosos em várias comunidades.
Finalmente são presos.
Um dos rabinos, apavorado com o que pode acontecer dali por diante, não pára de rezar. O outro, ao contrário, passa o dia inteiro dormindo.
“Por que você está agindo assim?”, pergunta o rabino assustado.
“Para salvar minhas forças. Sei que vou precisar delas daqui por diante”, diz o outro.
“Mas você não está com medo? Não sabe o que pode nos acontecer?”
“Eu tive medo até o momento da prisão. Agora que estou preso, de que adianta temer o que já aconteceu? O tempo do medo acabou; agora começa o tempo da esperança”.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Me vendo sob a ótica de meus inimigos


O Soldado da Paz se enxerga com o olhar de seu pior inimigo. O Soldado da Paz sabe que quando nos vemos com o nosso próprio olhar, maquiamos a realidade e não melhoramos. Só somos capazes de ver as nossas qualidades, é por isso que o soldado prudente se vê com o olhar de quem o odeia, assim percebe seus erros e se esforça para corrigi-los. Quando o inimigo atacar, O Soldado da Paz já terá superado aquela fraqueza e poderá pegar o adversário desprevenido.

Seja consciente de suas qualidades, mais se veja sob a ótica de quem te odeia. Se eu me vejo como quem me ama, poderei ser impedido de crescer. Pense nisso.

Thiago Mendes – Tentando aprender as coisas que a vida esqueceu de me ensinar.





segunda-feira, 20 de julho de 2009

TODOS PODEM CONTRIBUIR


Zizhang procurou Confúcio por toda a China. O país vivia um momento de grande convulsão social, e ele temia derramamento de sangue.
Encontrou o mestre junto de uma figueira, meditando.
“Mestre, precisamos urgente de sua presença no governo”, disse Zizhang. “Estamos à beira do caos”.
Confúcio continuou meditando.
“Mestre, ensinaste que não podemos nos omitir”, continuou Zizhang. “Disseste que somos responsáveis pelo mundo”.
“Estou rezando pelo país”, respondeu Confúcio. “Depois irei ajudar um homem na esquina. Fazendo o que está ao nosso alcance, beneficiamos a todos. Tentando apenas ter idéias para salvar o mundo, não ajudamos nem a nós mesmos. Existe mil maneiras de se fazer política; não é preciso ser parte do governo”.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Vida, uma página em construção


Deus deixou várias coisas para terminar, de modo que o homem possa exercer suas habilidades.
Deixou a eletricidade na nuvem e o óleo no fundo da terra.
Criou os rios sem pontes, as florestas sem estradas, os campos sem casas.
Deixou as pinturas do lado de fora dos quadros, os sentimentos para serem descritos, as montanhas para serem conquistadas, os problemas para serem resolvidos.
Deus deixou várias coisas para terminar, de modo que o homem possa compartilhar a alegria da criação.

Pense nisso e “ajude” Deus a terminar a criação.

Thiago Mendes

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Usar os dois bolsos


Um discípulo comentou com o rabino Bounam de Pssiskhe:
“O mundo material parece sufocar o mundo espiritual”.
“Sua calça tem dois bolsos”, disse Bouhnam. “Escreva no direito: o mundo foi criado apenas para mim. No bolso esquerdo, escreva: eu não sou nada além de pó e cinzas. Divide bem teu dinheiro nestes dois lugares. Quando vires a miséria e a injustiça, lembra que o mundo existe apenas para que possas manifestar tua bondade, e usa o dinheiro do bolso direito. Quando estiveres tentado a adquirir coisas que não te fazem a menor falta, lembra do que está escrito no teu bolso esquerdo, e pensa várias vezes antes de gastá-lo. Desta maneira, o mundo material nunca sufocará o mundo espiritual”.


Pense nisso,


Thiago Mendes

terça-feira, 14 de julho de 2009

A oração de um homem cansado que só tem dois minutos de vida


Devia ter procurado saber menos sobre o amor e amado mais do que amei. Me perdoe Senhor, porque muitas vezes recorri aos livros que falavam sobre amor, quando deveria ter recorrido ao necessitado que clamava por socorro.

Devia ter estudado menos sobre a oração. Gastei muito tempo abrindo livros, nos corredores das bibliotecas, aprendendo modelos de orações eficazes. Devia ter gastado este mesmo tempo com os joelhos dobrados no canto de meu quarto, talvez assim não partiria sem saber orar.

Devia ter gastado menos tempo criando estratégias para evangelismo. Sim, o certo teria sido acordar de manhã, pegar a bíblia e ir logo, me lançar à missão e pedir para o Senhor me dar palavras, direção.

Devia ter julgado menos os outros, porque talvez assim, minha consciência me julgaria menos agora. Vejo que todas as pedras que joguei, voltam para minha face como um bumerangue e ferem o meu brio. Devia ter compreendido mais, assim, eu seria capaz de me compreender agora.

Outra coisa que deveria ter feito....(tempo esgotado)

Dois minutos já se passaram.


Você e eu provavelmente ainda temos mais de dois minutos, vamos tentar viver tudo que ainda podemos, pra depois nossa consciência não nos diga...DEVERIA...
Pense nisso, mais por favor...pense rápido.

Thiago Mendes

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Issac e o Rabino



Certo rabino era adorado por sua comunidade. Todos ficavam encantados com o que dizia.
Menos Isaac, que não perdia uma chance de contradizer as interpretações do rabino, apontar falhas em seus ensinamentos.
Os outros ficavam revoltados com Isaac, mas não podiam fazer nada.
Um dia, Isaac morreu. Durante o enterro, a comunidade notou que o rabino estava profundamente triste.
“Por que tanta tristeza?”, comentou alguém. “Isaac vivia colocando defeito em tudo que o senhor dizia!”
“Não lamento o meu amigo que hoje está no céu”, respondeu o rabino. “Lamento a mim mesmo. Enquanto todos me reverenciavam, ele me desafiava, e eu era obrigado a melhorar. Agora que ele se foi, tenho medo de parar de crescer”.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Bazar de Satanás


Como precisa adaptar-se aos novos tempos, Satã resolveu fazer uma liquidação de grande parte de seu estoque de tentações. Colocou anúncio no jornal, e atendeu os fregueses, em sua oficina, durante todo o dia.
Era um estoque fantástico: pedras para virtuosos tropeçarem, espelhos que aumentavam a própria importância, óculos que diminuíam a importância dos outros.
Pendurados na parede, alguns objetos chamavam muita atenção: um punhal de lâmina curva, para ser usado nas costas de alguém, e gravadores que só registravam fofocas e mentiras.
“Não se preocupem com o preço!”, gritava o velho Satã aos fregueses em potencial. “Levem hoje, paguem quando puder!”
Um dos visitantes notou, jogado num canto, duas ferramentas que pareciam muito usadas, e que pouco chamavam a atenção. Entretanto, eram caríssimas. Curioso, quis saber a razão daquela aparente discrepância.
“Elas estão gastas porque são as que eu mais uso”, respondeu Satã, rindo. “Se chamassem muito a atenção, as pessoas saberiam como se proteger. No entanto, ambas valem o preço que estou pedindo: uma é a ‘dúvida’, a outra é o ‘complexo de inferioridade’. Todas outras tentações sempre podem falhar, mas estas duas sempre funcionam”.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pobres, ricos, sábios, tolos...um problema de ordem filosófica


Confúcio viajava com seus discípulos quando soube que, numa aldeia, vivia um menino muito inteligente.
Confúcio foi até lá conversar com ele e, brincando, perguntou:
“Que tal se você me ajudasse a acabar com as desigualdades?”
“Por que acabar com as desigualdades?”, disse o menino. “Se achatarmos as montanhas, os pássaros não terão mais abrigo. Se acabarmos com a profundidade dos rios e dos mares, todos os peixes morrerão. Se o chefe da aldeia tiver a mesma autoridade que o louco, ninguém se entenderá direito. O mundo é muito vasto.
Os discípulos saíram dali impressionados com a sabedoria do menino. Quando já se encaminhavam para outra cidade, um deles comentou que todas as crianças deveriam ser como aquele menino.
“Conheci muitas crianças que, ao invés de estar brincando e fazendo coisas de sua idade, procuravam entender o mundo”, disse Confúcio. “E nenhuma destas crianças precoces conseguiu fazer algo importante mais tarde, porque jamais experimentaram a inocência e a sadia irresponsabilidade da infância”.
Até a aparente injustiça é justa e necessária.

Receba meu carinho,

Thiago Mendes

segunda-feira, 6 de julho de 2009

SEGUINDO O CAMINHO DO OUTRO – LEIA E REFLITA.


Um dia, um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem para voltar a seu pasto. Sendo animal irracional, abriu uma trilha tortuosa, cheia de curvas, subindo e descendo colinas.
No dia seguinte, um cão que passava por ali, usou essa mesma trilha para atravessar a floresta.
Depois foi a vez de um carneiro, líder de um rebanho, que vendo o espaço já aberto, fez seus companheiros seguirem por ali.
Mais tarde, os homens começaram a usar esse caminho: entravam e saíam, viravam à direita, à esquerda, abaixavam-se, desviavam-se de obstáculos, reclamando e praguejando – com toda razão. Mas não faziam nada para criar uma nova alternativa.
Depois de tanto uso, a trilha acabou virando uma estradinha onde os pobres animais se cansavam sob cargas pesadas, sendo obrigados a percorrer em três horas uma distância que poderia ser vencida em trinta minutos, caso não seguissem o caminho aberto por um bezerro.
Muitos anos se passaram e a estradinha tornou-se a rua principal de um vilarejo, e posteriormente a avenida principal de uma cidade. Todos reclamavam do trânsito, porque o trajeto era o pior possível.
Enquanto isso, a velha e sábia floresta ria, ao ver que os homens têm a tendência de seguir como cegos o caminho que já está aberto, sem nunca se perguntarem se aquela é a melhor escolha.
Este é o caminho do outro, quando iremos começar a trilhar o nosso próprio?

Thiago Mendes

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ricardo: Pina ou Pinóquio?

Na semana passada meu filhinho Israel ganhou da saudosa Tia Zilda um livro da história do garoto Pinóquio que quando mentia tinha o tamanho de seu nariz alterado. Esquecendo o mundo colorido das estórias infantis e voltando ao universo deste tempo chamado hoje nós nos deparamos com uma realidade cinza e pra não dizer que a coisa está preta. Piracanjuba foi abalada com o anuncio do prefeito de que vai demitir em massa, diminuir salário e reduzir expediente da prefeitura.
Lamentavelmente a crise hoje não é de Piracanjuba, nem do Pina nem do Pinóquio. A crise é mundial. O desemprego, os cortes, as reduções, o fechamento de empresas que existem há anos e anos no mercado, gente aparentemente sólida que anunciou problemas sérios este ano. O prefeito errou no sentido de imaginar uma situação colorida sendo ela bastante preta.
E o pior é que se não demitir, se não cortar, se não desafogar a prefeitura afunda e com ela o próprio prefeito sucumbido em processos administrativos de ordem e responsabilidade fiscal.
Oxalá que este problema fosse único de Piracanjuba. É um problema do Brasil, da América do Sul, dos Estados Unidos e por isso também do mundo inteiro. Ricardo é só a gota deste oceano de anúncios lamentáveis que nenhum prefeito no mundo gostaria de fazer.
O que fazer então? É tempo de continuar acreditando, de trabalhar um pouco mais, de ter fé em Deus enquanto se enxerga a tempestade passar, e orar por todos os que enfrentam este momento de crise. Ainda bem que as dificuldades nos deixam pessoas mais solidárias, mais unidas e é por isso que digo que não é tempo de falar mal de prefeito nem de se exaltar com ninguém, e sim, vamos ajudar com idéias, com preces, e em alguns casos até com soluções materiais.
Se Ricardo é Pina ou Pinóquio o tempo e os anos de sua administração irão dizer, mais estes episódios lamentáveis para todos jamais responderão a esta pergunta.
Que o mundo acinzentado por preocupações não nos impeça de sentar com nossos filhos e viajar pelas belas estradas da imaginação, afinal nestas não existem buracos.

Receba meu carinho,

Thiago Mendes

Recomeço!

Nunca é o fim. A vida que resta, sempre absorve os destroços e dá um jeito de prosseguir. Você já passou por muita coisa e, em todas elas, s...