terça-feira, 23 de abril de 2013

Sobre a dor, o medo e a esperança!


O Soldado da Paz sabe que dor, medo e esperança sempre farão parte de nossas vidas. É por isso que hoje decidiu falar sobre isso aos seus companheiros.  “A dor e o medo sempre serão as maiores inimigas da esperança”, diz. “Por mais fortes e decididos que somos, em alguns momentos, dor e medo sempre encontrarão lugar em nossas vidas. E quando vierem”, ele respira fundo, “supere a dor e vença o medo, pois assim como vieram, também irão partir e se não forem superadas, levarão a esperança. Lembrem-se: não se pode esperar nada de alguém que não espera nada do amanhã”.   Os guerreiros se mantêm em silêncio. Eles sabem que cada um de nós cultivamos nossos medos, nossos sonhos, nossa fé, nossas dores e nossa esperança.

Thiago Mendes

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sobre alegrias enganosas e passageiras!


O Soldado da Paz sabe que as alegrias enganosas e passageiras estão sempre buscando lhe seduzir. Vezes batendo em sua porta, vezes o esperando em sua janela. “Você não pode viver sem nós. Sua vida sem as nossas emoções é vazia e sem sentido”, dizem em tom dominador. “Além do mais,” continuam, “você já se tornou dependente de nossas imposições. Jamais conseguirá se livrar delas”. O Soldado da Paz sente-se agredido, mas sabe que suas alegrias enganosas tem razão. Já as buscou por várias vezes, se sentiu solitário sem elas e ficou triste quando não vieram. Neste momento o guerreiro solitário se lembra de um dos ensinamentos sagrados: “Um verdadeiro Soldado da Paz”, dissera o velho mestre, “jamais permite que algo se torne maior ou mais importante que sua fé e sua missão. Quando percebe que suas prioridades estão perdendo terreno, muda drasticamente as suas atitudes e procura reconstruir o seu caminho”. E é justamente isto que irá fazer. Suas alegrias passageiras parecem perder o domínio. Elas voltarão, mas talvez quando voltarem o guerreiro esteja mais forte e saberá rejeitá-las como sabe precisa fazer.

Thiago Mendes

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sobre alimentar a tristeza com pães de ontem!


De vez em quando a nossa Alma pede colo. Sente-se sozinha, distante de si mesma, carente e vulnerável.  Já se sentiu assim no passado e os resultados não foram os melhores. Acabou por aceitar o mal que se passava por bem e depois sofreu as consequências. Claro, a alma sabe que por mais carente que esteja, deve se manter em seu lugar, firmada em suas convicções e, mesmo abalada neste momento, ela sabe que os momentos passam e as consequências ficam. É por isso que se manterá em seu lugar, sem dizer sim ou não. Este é o tempo de viver suas agonias e está disposta a isso sem atirar as suas pedras em ninguém, muito menos em si mesma. Talvez amanhã o dia esteja mais claro, e o seu mundo volte a ficar colorido. Enquanto isso se manterá assim: quieta, sem definir seus rumos e alimentando sua tristeza com pães de ontem. Tomara que sua fome seja saciada e seu dia volte a brilhar como sempre brilhou.

Thiago Mendes      

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sobre tango, segredos e belas histórias!


Foi tão bom, tão rápido, eterno, forte, suave, tão nosso e, ao mesmo tempo tão de todo mundo. Foi leve como a vida e gostoso como um segredo. Foi escondido como um crime e público como uma dança. E dançamos intensamente! O tango nos levou ao mundo das belas histórias e nos embriagamos sem que outros participassem do mais público de todos os nossos segredos. Estava ventando lá fora e éramos livres como o vento e fixamente comprometidos como a bela cidade que nos assistia lá fora. Era o nosso mundo. Era o mundo de todo mundo. Os toques que não aconteceram, os olhares que não se cruzaram, as histórias que não compartilhamos, tudo ficou marcado e talvez perdurem para sempre no universo de nossas memórias. É, parece estranho sentir saudades de momentos que jamais vivemos, mas é justamente isto que tem acontecido aqui. Nada foi, mas parece ter sido tudo. Talvez algum dia ainda poderemos dançar este tango, viver estes segredos e escrever estas belas histórias.
Do meu próximo livro: “O Caminho Sagrado”.

Thiago Mendes

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sobre aquelas perguntinhas, sabe?


Hoje a Mulher de Fé amanheceu cheia de dúvidas. Está com medo de fazer perguntas a si mesma porque sabe que as respostas poderão comprometer o seu futuro. “A vida não é feita de respostas, mas sim de perguntas”, já ouvira alguém dizer. E talvez seja por isso que temos tanto medo de vasculhar as nossas convicções. Por muitas vezes as perguntas estão ali, tentando infernizar a nossa paz: “Você tem certeza que fez a coisa certa quando escolheu esta vida?” A interrogação vem perigosa, insensível. A Mulher de Fé responde sorrindo: “E quem está certo de qualquer coisa? Nunca estaremos. As perguntas manterão vivas as chamas da paixão. Não precisamos ter certeza, precisamos apenas ser felizes!”, diz. Por hoje, aquele vento parece ter passado, mas certamente voltará antes do próximo outono. Que as nossas perguntas não causem dúvidas, mas apenas mantenham acesas em nós, as chamas da paixão.

Thiago Mendes

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sobre o belo espetáculo da vida!


Eu estou aqui assistindo o infinito e vendo o sol se pôr mais uma vez. Já o vi surgir imponente e mergulhar cansado centenas de vezes enquanto esperava qualquer coisa acontecer. Durante este tempo, nada aconteceu. Foi aí que aprendi que a vida acontece apenas para aqueles que a movimentam, que a provocam, não para os que se conformam e aceitam pacificamente tudo o que ela nos propõe. É! A vida prefere os atrevidos e desaforados. Só podem esperar mais “dela” aqueles que lançam sementes mais corajosas e as regam com fé e ousadia. Os demais assistirão ao pôr do sol, o verão nascer, mas não serão capazes de perceber a beleza inexplicável de tais espetáculos. Estão tão ocupados em perceber a vida, que se tornaram incapazes de experimentá-la.

Thiago Mendes 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Sobre o perfume de todas as rosas!


Talvez nunca sejamos capazes de viver tudo aquilo que a vida, bondosa e gratuitamente, nos ofereceu. Seria impossível sentir o perfume de todas as suas rosas ou derramar todos os seus prantos. Sim, talvez a vida seja ampla demais para que sejamos capazes de viver todos os seus amores e de sofrer todas as suas dores. O inesperado, que assusta e dá gosto à existência, as emoções que surgem do nada e, embora jamais tenhamos sentido sua falta, em pouco tempo começamos a descobrir que já nos tornamos incapazes de viver sem elas, ou pessoas com as quais nunca estivemos antes, mas que, pouco a pouco, vão ocupando tanto espaço em nossas vidas, a ponto que chegamos a nos perguntar: Como era viver antes de tudo isso? Era! Quanto mais achamos que somos donos da vida, mais descobrimos que não somos donos de nada. É melhor viver tudo aquilo que pudermos sem o peso de ter deixado para traz algo importante. A vida é tão infinitamente ampla que nela, sempre faltará algo relevante sem ter sido feito.

Thiago Mendes

Recomeço!

Nunca é o fim. A vida que resta, sempre absorve os destroços e dá um jeito de prosseguir. Você já passou por muita coisa e, em todas elas, s...