quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sobre as nossas benditas futilidades!


O Soldado da Paz e seus homens estão ao pé de uma montanha que é cercada de várias outras montanhas ainda maiores e eles precisam atravessar para o outro lado, estão sendo perseguidos e se forem encurralados ali será o fim. Um de seus companheiros mais fiéis se aproxima. “Senhor, estou triste com todos aqui. Veja como seus homens ficam sorrindo e se divertindo enquanto precisamos encontrar uma brecha entre os montes para atravessar. Estão muito apegados à futilidades”. O Soldado da Paz passa a observar os companheiros descontraídos. Alguns cochilam à sombra da montanha, outros contam histórias e dão gargalhadas e parece que realmente ninguém ali entende a seriedade do momento. “Você tem razão, todos aqui estão apegados à futilidades. Alguns dormem, outros sorriem e outros ainda, ao invés de procurar uma saída se acham no direito de observar o comportamento alheio”. Neste momento dois dos saldados mais jovens que brincavam para ver quem escalava mais alto dão um grito. “Senhor, aqui! Encontramos uma saída!”. O Soldado da Paz levanta a voz e todos se posicionam e passam pela brecha apertada. Aprenderam algo importante: há coisas na vida que só somos capazes encontrar quando não as procuramos. Mais uma vez foram salvos pelas benditas futilidades.

Thiago Mendes

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