O Soldado da Paz sabe que as
alegrias enganosas e passageiras estão sempre buscando lhe seduzir. Vezes
batendo em sua porta, vezes o esperando em sua janela. “Você não pode viver sem
nós. Sua vida sem as nossas emoções é vazia e sem sentido”, dizem em tom
dominador. “Além do mais,” continuam, “você já se tornou dependente de nossas
imposições. Jamais conseguirá se livrar delas”. O Soldado da Paz sente-se
agredido, mas sabe que suas alegrias enganosas tem razão. Já as buscou por
várias vezes, se sentiu solitário sem elas e ficou triste quando não vieram.
Neste momento o guerreiro solitário se lembra de um dos ensinamentos sagrados:
“Um verdadeiro Soldado da Paz”, dissera o velho mestre, “jamais permite que
algo se torne maior ou mais importante que sua fé e sua missão. Quando percebe
que suas prioridades estão perdendo terreno, muda drasticamente as suas
atitudes e procura reconstruir o seu caminho”. E é justamente isto que irá
fazer. Suas alegrias passageiras parecem perder o domínio. Elas voltarão, mas
talvez quando voltarem o guerreiro esteja mais forte e saberá rejeitá-las como
sabe precisa fazer.
Thiago Mendes
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