Foi tão bom, tão rápido, eterno,
forte, suave, tão nosso e, ao mesmo tempo tão de todo mundo. Foi leve como a
vida e gostoso como um segredo. Foi escondido como um crime e público como uma
dança. E dançamos intensamente! O tango nos levou ao mundo das belas histórias
e nos embriagamos sem que outros participassem do mais público de todos os
nossos segredos. Estava ventando lá fora e éramos livres como o vento e
fixamente comprometidos como a bela cidade que nos assistia lá fora. Era o
nosso mundo. Era o mundo de todo mundo. Os toques que não aconteceram, os
olhares que não se cruzaram, as histórias que não compartilhamos, tudo ficou
marcado e talvez perdurem para sempre no universo de nossas memórias. É, parece
estranho sentir saudades de momentos que jamais vivemos, mas é justamente isto
que tem acontecido aqui. Nada foi, mas parece ter sido tudo. Talvez algum dia
ainda poderemos dançar este tango, viver estes segredos e escrever estas belas
histórias.
Do meu próximo livro: “O Caminho
Sagrado”.
Thiago Mendes
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