Os dois estavam na janela olhando a cidade iluminada, quase infinita e solitária. “Estou cansado de viver a mesma coisa todos os dias”, disse ela. “Sinto-me inútil, cansada e infeliz”. Ele respirou fundo e a abraçou por trás. “Eu também estou”, respondeu ele. “Mas sei que tenho você para dar rumo ao meu mundo que, em alguns momentos, parece tão confuso. Sei que nos vemos todos os dias, paramos aqui nesta janela todas as noites e temos nossos momentos de amor que variam entre bons, regulares, incríveis e inesquecíveis, mas são estes momentos que me fazem toda a diferença”. Ela não responde nada. Sabe que talvez estes momentos sejam como os pontinhos de luz que enfeitam a escuridão da cidade à sua frente. Não iluminam tanto, mas sem eles as noites seriam ainda mais escuras e solitárias.
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