O
céu está nublado e anuncia um grande temporal. Enquanto isso, a
mulher de fé desfila com seu guarda-chuva sem se preocupar com o que
os outros irão dizer. “Vá pra dentro menina, a chuva está vindo,
será forte e seu guarda-chuva não é suficiente”, grita uma
senhora que abana os braços do outro lado da rua. Mas a mulher de fé
sabe que o nosso maior desafio é não permitir que as opiniões dos
que estão do outro lado da rua interfiram em nossa caminhada. Ela já
deixou de tomar chuva muitas vezes porque estava tão preocupada com
a opinião de outros que acabou esquecendo-se da sua própria. E foi
aí que fechou os olhos e esperou que a chuva viesse. Não se
importava com quantos pingos seu guarda-chuva seria capaz de impedir,
ficaria feliz se ele fizesse apenas a sua parte. A chuva veio e a
deixou completamente molhada, mas ela não julgaria seu guarda-chuva,
ele peno menos estava ali e fez tudo que podia para protegê-la. A
senhora do outro lado da rua faz gesto de reprovação e fecha a
porta. Não está preparada para compreender que cada um tem, por
mais incompreensível que pareça, a sua maneira de ser feliz.
Thiago
Mendes
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