A
mulher de fé acordou decidida a mudar o seu jardim. Irá adubar a
terra, replantar flores e arrancar matos. Ela sabe que todos nós de
vez em quando devemos reconstruir os nossos jardins. “Isto melhora
a autoestima e nos dá a chance de mudar nosso Universo”, diz
apenas para si. E é aí que começa o seu trabalho e, pouco a pouco,
vai percebendo que mudar jardins não é fácil como imaginava.
Algumas pragas estão tão enraizadas que, quando arrancadas, deixam
crateras na superfície. Mas a mulher de fé está decidida. “Irei
até o fim e, por mais difícil que seja livrar-me das pragas que
poluem o meu jardim, quero arrancar cada uma delas”. Quem conhece
de flores sabe que não importa quão belas elas sejam, sua beleza só
irá aparecer se estiverem no lugar certo. “E é exatamente assim
com a gente”, pensa ela enquanto arranca mais um mato. “Se nossas
almas estiverem cheias de pragas, mesmo que sejamos boas pessoas, a
beleza interior jamais irá aparecer”. A mulher de fé sabe que
arrancar pragas da alma é exatamente como arrancar pragas do jardim:
às vezes dói e deixa crateras, mas só assim nossa beleza interior
irá aparecer!
Thiago
Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário