O
arqueiro está de pé sobre as muralhas vigiando a cidade. É noite,
a Lua está linda lá no Céu e um vento leve e frio faz com que o
guerreiro se encolha, coloque seu arco de lado e guarde suas mãos no
bolso. Mais alguns minutos, o frio se intensifica e o vigia senta-se
na superfície da muralha para cochilar. Já ocupa aquele posto há
anos, sempre se manteve firme, com olhos vigilantes e jamais
acontecera algo. “Nossas muralhas são intransponíveis”,
chegavam a dizer. Mas foi exatamente naquela noite fria que o inimigo
adormecido durante anos resolveu atacar. Quando o arqueiro ouviu o
seu barulho, já estavam próximos demais e era impossível organizar
a defesa. Foi uma grande derrota, mas pelo menos serviu para ensinar
algo importante ao sentinela: Não importa quanta vigilância já
tenhamos aplicado ao nosso passado. O mais importante é que
continuemos vigilantes agora.
Thiago
Mendes
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