Ontem durante a tarde encarei a difícil missão de fazer o Emanuel (meu filho de oito meses) dormir. Fui com ele para o quarto, peguei a chupeta azul enorme, a fralda velha, sentei-me com ele na beirada da cama e começamos o sacode. Aqueles olhinhos espertos e sarcástico diziam: “você acha mesmo que vai conseguir, não é?” Finalmente começamos a nossa dança; eu cantarolava qualquer coisa enquanto ele com aquele gemido manhoso e choroso procurava o tom da minha cantiga desafinada. “Lá lá lá lá”, eu insistia. “Nhã nhã nhã”, respondia ele – amalgamando sua voz já grossa e forte à minha já bem usada e quase cansada. Logo vi seus olhinhos se amolecerem e pouco a pouco e seu corpinho gorducho foi se entregando em meus braços até apagar completamente. Com aquele episódio simples fiquei pensando: não importa o quanto somos resistentes, birrentos, reclamadores, exigentes e independentes; os braços do Pai sempre estarão ali sacudindo-nos a fim de que nos entreguemos a Ele. Sua Palavra estará ecoando – falada ou cantarolada - sempre com o intuito de encher os nossos corações de paz, alegria e amor! Não! Não há nada melhor que repousar nos braços do Pai.
É simples, mas é,
Thiago Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário