Finjo que não doeu, mas doeu. Finjo que já passou, que não me importo, que está tudo bem, mas não está. Meus dias alternam entre aceitação e revolta declarada; perdão e revanche; gratidão e ódio. Não sei como me relacionar com a dualidade de tantos sentimentos que, quase mutuamente, me arrastam do Paraíso ao Hades; da plenitude ao vazio. Sei que vai passar. Sei que seguirá doendo por um tempo, até que os gritos se tornem ecos, sussurros, e, finalmente, silêncio.
Thiago Mendes
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