Quem me
perseguiu, fez-me mais astuto. Quem me humilhou, tornou-me mais humano ao experimentar
a dor da vergonha. Quem não me assistiu, serviu-me de motivação quando soube de
algum amigo em apuros; foi lembrando-me de quem não veio, que decidi ir. Sendo
assim, se me fizeram bem ou mal, o que importa é que assim fui feito. Sem
birra, nem mágoa, e sem esperar que o universo vingue meus flagelos. Não há
flagelos. Tornei-os gratidão. Com gratidão a dor vira amor; a humilhação,
humildade; o abandono, presença. De maneira que aprendemos a dar até mesmo aquilo
que não recebemos.
Thiago Mendes
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