“O que você veio fazer aqui entre as montanhas, meu rapaz?”, perguntou Álih, o guia. Jávier, o aprendiz, já tinha seus olhos cheios de lágrimas. “Sou apenas uma pessoa covarde que decidiu fugir do amor. Descobri que sou desastrado e atrapalhado demais para amar. Em todas as vezes que tentei entregar-me a este sentimento acabei por fazer com que alguém sofresse. A estrada do amor é incerta, perigosa e cheia de muitas curvas”. O velho sorri de maneira respeitosa. “O amor adora os desastrados”, diz. “E sempre se revela àqueles que estão em constante fuga. A contradição é que geralmente o amor se esconde daqueles que vivem por persegui-lo e encontra aqueles que fogem dele”. O rapaz arregalou os olhos e também sorriu. “É fugindo que se encontra o amor. Aí só precisamos aceitá-lo em nossas vidas”.
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