O arqueiro está em cima das muralhas e fita o infinito. Seu anjo aparece de pé ao seu lado. “O que está fazendo?”, pergunta o guerreiro celestial. O arqueiro respira fundo, ajeita seu arco, pega a flecha e a deixa armada. “Estou tentando entender a liberdade”, ele responde. O anjo também parece estar olhando um ponto distante. “A liberdade do homem é a mesma da flecha”, diz. “Elas não escolhem quando serão lançadas, nem quando terminarão o seu trajeto, mas sabem que têm uma missão, e que estão aqui por alguma causa”. O arqueiro dispara sua flecha que desaparece no horizonte. “O anjo tem razão”, ele pensa. “Não escolhemos o dia de nascer, nem de morrer, mas que, assim como a flecha, possamos nos entregar por inteiro àquilo que sabemos ter vindo fazer aqui”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Recomeço!
Nunca é o fim. A vida que resta, sempre absorve os destroços e dá um jeito de prosseguir. Você já passou por muita coisa e, em todas elas, s...
-
Na Europa medieval, considerava-se o pelicano (ave) um animal especialmente zeloso com seu filhote, ao ponto de, não havendo com que o alim...
-
O texto que segue não é meu. Trata-se de uma narração antiga e de autoria desconhecida. Mas por ter me tocado, divido com vocês aqui na ...
-
Malba Tahan nos conta a história de um homem mau que, ao morrer, encontra com um anjo na porta do inferno. O anjo lhe diz: “basta você ter f...
Nenhum comentário:
Postar um comentário