quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sobre a prova da maturidade!


Quando o Soldado da Paz percebe que não tem havido avanços nem recuos no combate, decide que é hora de buscar conciliação. O exército está desgastado, começa a faltar mantimento e o sentido da batalha parece ter desaparecido. O Soldado da Paz cavalga sozinho até o acampamento vizinho. “Estamos nos mantendo no campo de batalha apenas para medir forças. Não nos lembramos mais do porquê de termos iniciamos este combate”, diz. O inimigo concorda: “Você venceu”, responde. “E isto por ter tido humildade o bastante para procurar conciliação. Eu percebi que estamos lutando por vaidade há dias, mas não tive coragem para procurá-los. Vamos voltar às nossas casas levando conosco, não território ou despojos, mas a lição de que, às vezes recuar e conciliar, é a melhor maneira de se vencer um combate”. O Soldado da Paz não diz nada. Sabe que buscar concerto sempre será a obrigação do mais maduro, e isto, mesmo que o erro tenha partido do outro. A prova da maturidade está na capacidade de conciliação. “A guerra acabou”, grita ele chegando ao acampamento. “Vencemos o orgulho, e isso nos dá o direito de voltar para casa”. Os homens ficam eufóricos. Há meses esperavam por este tempo de trégua.

Thiago Mendes

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