A
mulher de
fé sabe
que ela
não está
sozinha neste
universo de
conflitos entre
disciplinar os
seus desejos
ou deixar
que eles
sigam seus
próprios caminhos.
Já observou
no olhar
de cada
pessoa com
quem cruzou
e descobriu
que todos
estão fugindo
dos mesmos
monstros e
perseguindo as
mesmas presas.
“Às vezes
tentamos neutralizar
a força
do nosso
instinto”,
pensa ela
enquanto remenda
alguns de
seus botões,
“mas quanto
mais tentamos
fugir, mais
eles se
fortalecem em
nós”.
É final
de tarde,
aqui do
lado de
fora tudo
segue muito
tranquilo. Ela
está sentada
em seu
sofá, devolve
os botões
da camisa
de quem
ama e
sente o
vento que
entra pela
janela. Mas
do lado
de dentro
os leões
se modem.
E é
aí, comprimida
por estes
dois mundos
de extrema
paz e
penosa guerra,
que a
mulher de
fé finalmente
ouve a
voz do
seu coração:
“Concentre-se no
que você
está fazendo
e saiba
que algumas
de nossas
atitudes não
podem ser
remendadas e
alguns botões
jamais poderão
ser devolvidos
ao seu
lugar”.
A mulher
de fé
arruma seus
óculos e
continua costurando.
Sabe que
não pode
deixar a
vida passar
em branco,
mas também
não quer
causar problemas
que depois
não possa
remendar. Talvez
este dilema
seguirá até
o último
dia de
sua vida.
Thiago
Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário