Quando
o Soldado da Paz é cortejado pelas trevas e acaba sedendo, ele fecha
os olhos e tenta ver seu anjo, mas não é capaz de enxergar a luz do
protetor espiritual. “Onde está você?”, pergunta inseguro. Aí
percebe que alguém caminha nas sombras. “Onde está meu
protetor?”. Neste momento o soldado grita. A imagem desfigurada no
meio das sombras é fria e transmite ódio. “Seu anjo está ferido
e não pode vir te ajudar”, responde o inimigo. “O que você fez
com ele?” Uma gargalhada ecoa na escuridão. “Eu?”, o inimigo é
irônico. “Eu não fiz nada, você o feriu. Eu apenas o carreguei
para longe”. O Soldado da Paz cai de joelhos. Mais uma vez
fracassou. Já havia aprendido que todas as vezes que diz sim ao seu
lado escuro, o anjo que lhe protege é atingido. O inimigo caminha em
sua direção. O Soldado da Paz faz uma prece: “Senhor, fortaleça
meu anjo e me leve novamente à luz”. Neste momento vê a figura
negra sendo arrastada para traz. O soldado abre os olhos e novamente
sente a presença de seu anjo. Não quer mais cortejar as trevas e
nem ferir o seu protetor.
Thiago
Mendes
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