terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sobre a angústia da noite passada!

Quando acordei no meio da noite ela estava no quarto e me olhava em silêncio, debruçada na janela. “Qual é o seu nome?”, pergunto assustado. Ela me olha com um sorriso distante, aparentemente sem interesse algum em dar respostas ou explicações, mas mesmo assim decide falar. “Eu me chamo angústia e habito as profundezas de sua alma. É lá, no mais profundo abismo de seu ser que encontro abrigo e alimento”. A resposta veio cínica. Resolvo agredir. “Eu nunca te convidei para morar em minhas entranhas. Não é bem vinda em minha alma e desejo distância de sua pessoa angustiosa”. Ela não se assusta com minha reprovação. “Você me convida sempre!”, diz. “Todas as vezes que prefere o isolamento, que deseja o mau de alguém ou quando deixa a inveja controlar suas emoções, você está me convidando a entrar em sua alma. Alimento-me de ódio, rancor e falta de perdão. E digo que há dias não sinto fome dentro de você”. Tudo bem, era um sonho, mas resolvi ajoelhar e orar. Se a angústia se alimenta destes sentimentos, tudo que desejo é matá-la de fome.


Beijo,


Thiago Mendes    

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