
É a travessia do rio.
É remar rumo ao outro lado.
Todos estamos em constante morte, mesmo quando nem nos lembramos dela.
Não adianta fugir, todos vivemos em cima de uma esteira, que rola vagarosamente e lá na frente uma guilhotina que sobe e desce, afiadíssima espera sedenta uma cabeça para cortar. Não adianta fugir para lugar algum, a guilhotina é o mundo inteiro e não importa para onde fujamos, sempre, lá estará ela, subindo e descendo. Quando chega a vez, o sujeito fecha os olhos, respira fundo e deixa ir. Depois da guilhotina existe o rio. Aqueles que se prepararam para o grande dia, descerão o rio e os que viveram como desejaram, sem pensarem no dia da travessia serão obrigados a remar eternamente para cima.
Pense.
Um comentário:
Muito bom...
Fran;
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