Então, sozinha em meu mundo – falando apenas comigo mesma eu pensei: era esta a droga de vida com a qual eu sempre sonhei? Foi nisto que passei a minha infância toda pensando? Seria este o príncipe que surgiria no chão árido da minha existência e me carregaria para um lugar mágico, chamado Felicidade? Sinto-me sozinha, frustrada e com muita raiva de minhas próprias decisões. Não há culpados além de mim: eu disse sim, “afinal porque raios eu disse aquela bobagem?”, eu quem fui me envolvendo e me entregando. Todos diziam: “você parece tão feliz” e, embora eu sentisse um vazio estranho em algum lugar da minha alma, me esforçava para acreditar em tudo o que eles diziam. “Você está fazendo a coisa certa, querida”, “Ah se sua avó estivesse aqui, ela estaria tão orgulhosa de você”. Mas e agora, onde estão todos? Lembre-se, não há culpados, eu disse “sim”, eu escolhi este caminho e é nele que terei que aprender a ser feliz. Não, eu não faria isto. Estou velha e fraca demais para recomeçar. Há muitas pessoas envolvidas naquele maldito “sim”. Vou tentar passar o resto de meus dias sorrindo, mesmo que aquele vazio estranho ainda esteja por aqui.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Recomeço!
Nunca é o fim. A vida que resta, sempre absorve os destroços e dá um jeito de prosseguir. Você já passou por muita coisa e, em todas elas, s...
-
Na Europa medieval, considerava-se o pelicano (ave) um animal especialmente zeloso com seu filhote, ao ponto de, não havendo com que o alim...
-
O texto que segue não é meu. Trata-se de uma narração antiga e de autoria desconhecida. Mas por ter me tocado, divido com vocês aqui na ...
-
Malba Tahan nos conta a história de um homem mau que, ao morrer, encontra com um anjo na porta do inferno. O anjo lhe diz: “basta você ter f...
Nenhum comentário:
Postar um comentário