terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sobre o nosso pior erro!


Álih, o guia, e Jávier, seu aprendiz, estão arrancando as pragas da pequena lavoura que plantaram aproveitando já as primeiras chuvas do ano. O jovem interrompe seu trabalho, respira fundo e olha para o guia. “Qual é o maior erro que alguém pode cometer?”. O velho devolve o olhar de maneira paciente, abrindo precedentes para todos os pecados possíveis: os desejos sexuais - que lhe visitava durante as noites; a vontade de abandonar suas vocações sagradas e ir em busca de riquezas e glória... Álih põe uma mão em seu ombro: “Nosso pior erro é permitir que as pragas cresçam e abafem nossos frutos. Por mais que as sementes sejam boas, não darão o resultado esperado se as pragas não forem arrancadas. Livrar-se delas dá trabalho, deixa crateras, exige esforço, mas é a única maneira de colher o melhor que a terra e as sementes podem oferecer”. O rapaz não diz mais nada. Volta ao seu trabalho e vai tentar arrancar as pragas, não só da pequena lavoura, mas também de todas as áreas de sua vida. 

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