Estou no posto pertinho de casa abastecendo o carro e uma mocinha de uns 14 ou 15 anos se aproxima ao lado do pai. “Foi você quem escreveu aquele livro, 'As coisas que a vida esqueceu de me ensinar', não foi?!” Eu digo que sim, meio sem saber o porque da pergunta. “Ele tem sido muito importante pra mim. Já li três vezes. Posso te dar um abraço?” “Claro”. Saio do carro, dou o abraço na mocinha, aperto a mão do pai que se restringiu a dizer: “Ela fala desse livro pra todo mundo”, e o assunto parece ter acabado. “Moro aqui pertinho, posso ir lá em casa pegar pra você assinar?”, arriscou. “Infelizmente entro no ar na rádio em alguns minutos, mas nesta livraria aqui do lado do posto deve ter (Almanaque T-63). Compre, assino este e você dá o outro de presente”. Ela olha pro pai, e ele, coitado, se sente todo encurralado. Em dois minutos ela me traz o livro e uma caneta. A única coisa que escrevi foi “siga o caminho de seus sonhos”. Ela pega o livro, enche os olhos de lágrimas e se vai. Talvez nunca mais a verei. Ela é jovem, gosta de ler e tem um pai que entende o clamor de seu olhar. Certamente saberá discernir bem, o caminho de seus sonhos.
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