Álih, o guia, e Jávier, seu aprendiz, estão tomando café. O rapaz fita o velho enquanto mastiga seu biscoito. “Porque aquilo que sonhei a vida toda deixou de ser importante quando finalmente realizei?” Álih não responde nada. Segue mastigando e fungando. As perguntas continuam. “Porque tenho medo de olhar pra mim mesmo e descobrir que não sou feliz e que minha vida é um erro? Algum dia teremos respostas que justifiquem o sofrimento? E o amor? Porque não somos capazes de controlar o mais nobre de todos os sentimentos?” O velho toma seu último gole de café e suspira: “Estude a teoria da sua insatisfação. Talvez assim, descubra que a vida é linda, que não te falta nada e que você é plenamente feliz. Até quando nos falta algo que julgamos importante, é a vida nos presenteando com alguma lição. Sobre o amor, ele não precisa ser controlado, apenas vivido”.
Thiago Mendes
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