De vez em quando o arqueiro olha à sua volta e não consegue enxergar motivação para continuar lançando suas flechas. Sente que sua evolução pessoal é lenta, as pessoas que se admiravam com sua precisão já se acostumaram a ela, não param mais para aplaudi-la, e ele treina a espera um inimigo que parece nem mesmo existir. Desmotivado, ele deixa o arco com as poucas flechas ao chão e parte sem rumo. Depois de ter caminhado sem direção por algumas horas, seu anjo aparece e começa caminhar ao seu lado. “Você estava tão preocupado com a precisão de suas flechas que acabou se esquecendo de se defender”, diz. “O inimigo atingiu uma parte importante de sua missão: a motivação. Lembre-se de que todas as vezes em que se sentir desmotivado, isto significa que o inimigo te atingiu em alguma área. Vigie mais. Agora volte ao seu posto. Você não precisa de aplausos nem de reconhecimento. Nada nos recompensa mais que a consciência tranquila de que estamos fazendo aquilo que nascemos para fazer”. Neste momento o arqueiro da meia volta. Aprendeu que jamais estará em paz, se não estiver em seu devido lugar.
Thiago Mendes
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