segunda-feira, 10 de março de 2014

Sobre quando nos tornamos escravos de nossas respostas!


O Soldado da Paz sempre viveu escravizado pelo “sim”. Mesmo não podendo, muitas vezes dizia “sim” para não desagradar ao companheiro, mas percebeu que todas as vezes que fazia assim,o universo lhe respondia com um “não”, e se desordenava em algum aspecto. O guerreiro lutou contra si mesmo por muito tempo. Imaginava que se não dissesse “sim” sempre, seus companheiros se afastariam. Mas percebeu que quando dizia “sim”, muitos iam levando seus despojos e não voltavam nem para agradecer e, nas poucas vezes em que teve coragem de dizer “não”, mesmo que partisse magoado, o companheiro voltava feliz e agradecido: “Obrigado por ter me ensinado que lançar sementes, cuidar delas e vê-las crescer até que frutifiquem, é infinitamente melhor que colher o fruto pronto”, diziam. O Guerreiro sorri. Já entregou frutos prontos e recebeu ingratidão. Mas foi quando fazia sua prece pela manhã que entendeu uma importante verdade: “Dizer ‘sim’ sempre não é sinal de bondade, mas de fraqueza”. Depois da prece, o guerreiro volta ao combate, mas algo mudou. Dirá “sim” e dirá “não” com a mesma facilidade, todas as vezes que a vida lhe pedir. O Soldado da Paz não pode ser escravo de suas respostas. 

Thiago Mendes

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