quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sobre sexo e flores!


Olá, por muitas e muitas vezes em minha vida, fui obrigada a dormir sentindo-me apenas um objeto. Sentia-me usada, não amada, e ali, sozinha, chorava angustiada ao lado de alguém que era incapaz de sentir as minhas dores. Naquela época sobrava sexo, mas faltavam flores. Com o tempo, as coisas mudaram: eu virava para o canto, fechava os olhos e chorava sentindo-me invisível. Faltavam flores e faltava sexo.  E ali, ao meu lado, continuava um amor distante, silencioso, uma verdade que se obscurecia a cada dia. Mas algo parece ter mudado. Depois de anos, as flores voltaram. Em uma tarde normal de quarta-feira ele chegou sorridente, contando sobre as “suas conquistas” no trabalho e dizendo que gostaria de comemorar. Foi até o armário, pegou um vinho que nós mesmos tratamos de envelhecer e fizemos de tudo para comemorar. As flores vieram, o vinho também, mas o sexo não foi como antes. Parecíamos aéreos, navegando em outros mundos, experimentando o inacreditável. Hoje não estou sentindo-me nem melhor, nem pior, mas aprendi que sexo e flores não são capazes de fazer nada se não estiverem aliados à paixão. Espero que hoje ele não se esqueça de trazer também este ingrediente indispensável ao amor.

Thiago Mendes

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