Resolvi
compartilhar com
vocês um
trechinho do
meu livro
As coisas
que a
vida esqueceu
de me
ensinar.
Espero que
gostem. Segue:
A chuva
leve dava
um ar
europeu em
meu mundo
brasileiro. A
garoa, a
cidade mais
triste, o
menor movimento,
algumas pessoas
com guarda-chuva,
outras com
jornais sobre
a cabeça
e eu
seguia acompanhada
do meu
amor e
confesso que
naquele momento
me sentia
a maior
aventureira do
mundo. A
menina que
de boazinha
passa a
irresponsável, que
foge do
trabalho para
fugir com
o príncipe
encantado. “Para
onde vai
me levar?”,
pergunto olhando
dentro de
seus olhos.
“Engraçado”,
diz ele
com o
sorriso distraído
que tem,
“eu ia
te fazer
a mesma
pergunta”.
Caminhamos sem
direção e
já que
era dia
de fazer
tudo ao
contrário podíamos
tomar sorvete
na chuva,
caminhar descalços
na calçada
fria, correr
no meio
de todo
mundo e
assustá-los como
se fossemos
loucos – e
éramos – cumprimentar
desconhecidos como
se fossem
íntimos e
deixá-los sem
entender absolutamente
nada. Fizemos
de tudo.
Tomamos refrigerante
no canudo,
dançamos na
calçada uma
música que
ambos gostávamos
e uma
verdadeira multidão
parou para
olhar, e
nós não
nos importamos
nenhum pouco,
porque a
vida é
daqueles que
resolvem vivê-la
e não
dos que
param na
calçada para
observar os
que resolvem
fazê-la acontecer.
Do
livro As
coisas que
a vida
esqueceu de
me ensinar
Thiago
Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário